sábado, 12 de março de 2016

As terríveis forcas internas que se movem no seio da Renamo.



Na Renamo forcas internas irreconciliáveis se movem neste momento:

1- As que defendem a guerra;
2- As que estão contra a guerra;
3- As preocupadas com o acesso aos recursos;
4- E as que discutem o futuro da sua liderança.

Os dados que temos acesso indicam que Dhlakama é marionete de um plano superior urdido por algumas pessoas; umas com rosto e outras nem por isso, mas todas com um objetivo comum: tirar a Frelimo do poder ou então não conseguindo esse objectivo, reduzir ao máximo a sua força.

O primeiro grupo, (o que defende a guerra), onde desponta Bissopo e alguns generais radicais, sabe que o Governo da FRELIMO tem muito a perder com a morte de civis.

O Facto de os ataques serem televisionados e com particular destaque para a sua publicitação  nas redes sociais, faz com que estes achem que esta pode ser a via mais eficiente de pressão e de rapidamente conseguirem o que querem, porque muitas vezes o povo não exige o restabelecimento da ordem a Renamo, mas sim ao Governo.

É a este grupo que muitos dos apoiantes da Renamo, com e sem rosto, se concentram com o objetivo central de fragilizar a figura do Chefe de Estado e fortificar a do líder da Renamo.

No segundo grupo (o que esta contra a guerra), pontificam algumas pessoas que desde sempre nunca alinharam na estratégia da Dhlakama; referimo-nos a pessoas como Viana de Magalhaes, Namburete, só para citar alguns, que, não tendo forças dentro daquele movimento, nada lhes resta senão submeter-se a façanha dos que tem acesso aos recursos e fazem a cabeça do líder: o primeiro grupo.

No terceiro grupo (preocupado com o acesso aos recursos), convergem quase todos os grupos.  

Este grupo sabe e tem ciência de que a Renamo se não for pela via das armas, nunca conseguirá ter o poder, até porque a maioria da força que ela tem provem de um único sujeito: Afonso Dhlakama, que não tem interesse nenhum (apesar das doenças graves e recorrentes que o acossam), de indicar e potenciar o seu sucessor, e agrava esta situação o facto de alguns sinais que estão a ser dados nesse sentido, apontarem a sua linhagem como tendo preferência  na sucessão.

Não precisamos dizer que a decisão de fazer da inexperiente Ivone Soares chefe da bancada da Renamo no parlamento gerou contestações surdas mas que atravessam a garganta de todos que acham que a familiaridade não pode ser o mecanismo de ascensão ao poder na Renamo.

E é por isso mesmo que surge o grupo que discute num silêncio ensurdecedor o futuro da liderança da Renamo, pois sabem que esta deve permanecer depois da era do Dhlakama.

Este último  grupo assiste, atento, as investidas do líder da Renamo e espera a qualquer momento posicionar-se.  O que sabemos, é que a maioria deste grupo não está com Dhlakama na escolha da Ivone e algumas pessoas associadas a Renamo ultimamente que nada ou quase nada fizeram por ela.

Ciente disto, Dhlakama, Ivone e algum grupo residual que ocupa espaço no MDM a espera de voltar a Renamo, montaram a emboscada que quase punha fim à vida de Bissopo.

Se se lembrarem da raiva de Bissopo depois do atentado, os que vaticinavam uma vingança depois do seu recobro devem ter se apercebido que o rato pariu a montanha.

Isto aconteceu porque Bissopo deu-se conta que o plano para o aniquilar ( e está em curso até este momento), é interno e não externo a Renamo como pensava no principio.

Dai que quando voltou do tratamento recolheu-se ao silêncio  e dirigiu-se ao parlamento onde  pensa numa estratégia para se manter vivo e fora do alcance da guerra da sobrinha do líder pelo poder.

Se repararam na página  do facebook da Ivone quando houve o incidente notaram que os protestos notáveis quando se ataca a figura do seu tio e protetor não se fizeram sentir, aliás , tinha que ser mais fria do que é para fingir comoção num assunto que ela mesmo promoveu.

Neste momento o primeiro grupo está a jogar as cartadas e nos próximos dias traremos as acções em curso e como Dhlakama está-se a mover numa teia em que quando for provado que é dispensável, nada fará para se salvar, aliás , a mesma frente interna que agiu no ataque do Amatongas voltará  a agir para desta vez terminar o serviço que deixou.

Explicaremos ainda nos próximos dias quem é ou são Unay Cambuna na estratégia de contra informação da Renamo financiada por elementos civis e algumas forças que dominicalmente damos voz e não podendo dizer tudo se escondem por detrás daquela vil figura.
DN/Diário de Notícias

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